O consumo excessivo de carne vermelha pode desencadear Alzheimer. É o que revela estudo de pesquisadores da Universidade da California, nos EUA.
Os resultados sugerem que o acúmulo de ferro, abundante na carne vermelha, pode causar danos oxidantes ao cérebro, que é particularmente vulnerável.
Segundo os pesquisadores, isso pode, por sua vez, aumentar o risco de doença de Alzheimer.
As descobertas desafiam o pensamento convencional sobre as possíveis causas do transtorno. A maioria dos pesquisadores acredita que a doença é causada por uma de duas proteínas, uma chamada tau e a outra beta amiloide.
Agora, o estudo sugere uma terceira possível causa: o acúmulo de ferro.
O líder da pesquisa, George Bartzokis e seus colegas analisaram duas áreas do cérebro de pacientes com Alzheimer. Eles compararam o hipocampo, que é conhecido por ser danificado no início da doença, e o tálamo, uma área que geralmente não é afetada até as fases tardias.
Utilizando técnicas de imagiologia cerebral sofisticadas, eles descobriram que a quantidade de ferro é aumentada no hipocampo e está associada a danos no tecido nessa área. No entanto, o aumento de ferro não foi visto no tálamo.
Segundo os pesquisadores, na presença de doenças tais como a doença de Alzheimer, conforme a estrutura das células se rompe, a quantidade de água aumenta no cérebro, o que pode mascarar a detecção de ferro. É difícil medir o ferro no tecido quando o tecido já está danificado. Mas a tecnologia de MRI utilizada neste estudo permitiu determinar que o aumento de ferro ocorre em conjunto com o dano tecidual. Descobrimos que a quantidade de ferro é aumentada no hipocampo e está associada a danos nos tecidos em pacientes com a doença de Alzheimer, mas não em indivíduos saudáveis mais velhos", afirma Bartzokis.
Assim, a equipe afirma que os resultados sugerem que o acúmulo de ferro pode contribuir efetivamente para a doença de Alzheimer.
Fonte: r7.com
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